Roteiro de 1 dia em Zurique, Suíça

Mais uma cidade que conheci na Suíça no esquema bate-volta: Zurique. Diferente dos demais lugares que visitei no país, Zurique não lembra um vilarejo em meio aos Alpes e nem uma cidade medieval. Ela é sim a maior cidade da Suíça, o principal centro financeiro do país e uma das cidades mais poderosas do mundo

Mas não se engane, mesmo com todo esse poder e ar “business” que gira em torno da cidade, ela é um pedra preciosa que merece ser descoberta. Neste post vou contar como foi o meu roteiro e tudo que eu descobri por lá.

Antes de tudo vamos apenas esclarecer uma coisa: apesar de ser a maior e mais poderosa cidade do País, Zurique não é a capital da Suíça. Eu quis deixar isso bem claro pois conheci um suíço que me perguntou se eu sabia qual era a capital do país. Ele me disse que essa confusão é muito comum, assim como muitos estrangeiros acham que a capital do Brasil é São Paulo ou o Rio de Janeiro. Enfim, a capital da Suíça é Berna, a cidade que eu estava hospedado e onde eu comecei meu bate-volta para Zurique.

A viagem de trem de Berna até Zurique leva cerca de 1 hora, tempo suficiente para tomar o café da manhã em Berna e ainda chegar cedo em Zurique. Meu único “porém” desde dia é que era 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho. Tudo na cidade estava fechado, mas assim pude aproveitar o dia sem o impulso de querer gastar com alguma coisa.

Meu roteiro na cidade começou saindo da Zurich HB, a estação de trem de Zurich. De frente pra estação começa a Bahnhofstrasse, a rua principal da cidade, que segue até o lago.

A Bahnhofstrasse é a rua onde estão as lojas mais badaladas da cidade: Burbarry, Prada, Armani, Tiffani e outras desse nível. É uma rua com um público bem focado: o que tem grana. Mas, como eu falei, era feriado e todas as lojas estavam fechadas. Com certeza a tranquilidade que eu encontrei pelas ruas não era algo comum em um dia normal.

Andei sem pressa, olhando todas as vitrines e estudando a arquitetura da cidade. Zurique se revelou uma cidade muito mais bonita do que eu imaginava.

Um tempo depois cheguei ao Lago Zurich e então segui para a esquerda, onde passei por uma ponte que cruza o rio Limmat, logo antes dele desaguar no lago.

Depois da ponte segui para a direita, pela rua Utogaia. Ela se torna uma rua apenas para pedestres e vai margeando o lago. O sol estava brilhando e muita gente aproveitou o feriado para passear pela cidade. Pude ver que eram na maioria moradores e não turistas. Tudo nesse dia eu fiz sem pressa, curtindo cada momento. Aproveitei para sentar, tirar fotos e observar as pessoas passando.

Depois continuei andando… por um longo tempo… sempre margeando o lago. Lá no fim cheguei em um espaço que era como um parque e onde o fim do lago se pedia de vista. Era como se eu estivesse olhando para o mar. Um névoa fina resistia ao brilho do sol e não permitia que eu olhasse para muito longe. Então deitei em um banco e deixar o tempo passar. Como foi bom aqueles minutos que fiquei lá. É sempre nessa hora que penso o quão longe de casa eu estou e também a alegria de estar realizando mais um sonho.

Chinese Garden de Zurich

Passado o momento da reflexão eu ví um lugar murado, todo decorado no estilo chinês. Era o Chinese Garden de Zurich. Eu tinha visto algumas fotos dele na internet e realmente fiquei com vontade de visitar. A entrada no jardim é paga, cerca de 3 francos. No momento eu estava sem nenhuma moeda e a única nota que tinha comigo era de 50 euros. Conversei com o menino que estava cobrando o ticket e ele viu vontade de visitar o jardim. Ele não tinha troco para minha nota, mas pra minha felicidade ele liberou minha entrada sem cobrar nada. Eu disse pra ele que queria apenas fotografar e acho que ele gostou de saber.

Não tinha mais ninguém visitando o jardim. Era tudo muito bonito e impecável lá dentro. O terreno do jardim era retangular, era possível ver toda a extensão do muro baixo que cercava o jardim. Lá dentro existe um lago com uma pequena ilha. Tudo muito organizado e bonito, parecia que eu tinha me teletransportado para um lugar fora da Suíça.

Para ver a localização exata do Chinese Garden, clique aqui.

A cidade velha de Zurique

Depois de visitar o jardim, voltei até aquela primeira ponte que passei para cruzar o rio. Dessa vez não cruzei, mas segui em frente até encontrar a Grossmünster, a catedral de Zurique. Acabei pulando a entrada na catedral, vale a pena se for do seu interesse.

Olhando para o outro lado do rio é possível ver duas igrejas: uma delas, com a torre azul, é a Fraumünster e a outra é a St. Peter Church. A Fraumünster você não precisa pagar para entrar e pode apreciar belos vitrais no seu interior. Já a St. Peter Church carrega a fama de possuir o maior relógio de igreja da Europa. Por estar na área baixa de Zurique, a torre ganha grande destaque. Você pode entrar se quiser, mas o destaque mesmo fica para a torre com relógio.

Bom, para que você entenda, essa área, onde estão as duas igrejas, é chamada de cidade velha de Zurique. É nessa área que termina o roteiro desse dia. Vale a pena andar por todas essas ruazinhas da cidade velha. Ande sem rumo, apenas apreciando o lugar.

Fique a atento a rua Augustinergasse, nessa rua ficam as casas mais antigas da cidade.

Bem ao lado dessa área fica a Bahnhofstrasse, a rua principal onde começamos o dia. Chegando nela é só seguir em frente até chegar na estação de trem e terminar o passeio.

Zurique se revelou um cidade encantadora pra mim. Talvez, por conta do feriado, não puder ter a real noção de como é a cidade em um dia comum. Mas o lado bom é que pude ver tudo que queria com bastante calma.

Se sua opção for dormir, encontre aqui as melhores sugestões de hotéis em Zurique. Para ver o mapa que resume o roteiro desse dia, clique aqui.

Não deixe de ver o roteiro de 1 dia em Lucerna, programa imperdível pra quem está passando pela Suíça.

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