Roteiro 6 dias na Rota dos Sete Lagos Argentina

Está planejando uma viagem pela Patagônia Argentina? Veja aqui como foi o meu roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos: os lugares que conheci, hotéis, restaurantes, como se locomover, clima e dicas para sua viagem.

A Patagônia Argentina é um dos lugares mais lindos que eu já tive a chance de conhecer na América do Sul. Depois de explorar o extremo sul da Patagônia, voltei agora para a Argentina para conhecer um lugar que há bastante tempo estava na minha lista dos sonhos de viagem: a Rota dos Sete Lagos, passando por uma parte da famosa Ruta 40.

Roteiro Rota dos Sete Lagos, Argentina

Num roteiro que contempla algumas cidades da região de Neuquén, um roteiro pela Rota dos Sete Lagos pode incluir diferentes cidades e ter duração bem variada, já que são o seu ritmo e interesses na região que vão determinar quanto tempo você precisa.

A época do ano em que você vai fazer a viagem também dita o ritmo e tempo necessário para fazer esse roteiro. Enquanto no inverno a região atrai muitos viajantes em busca de neve e das estações de esqui, no verão o destino nos revela uma beleza completamente diferente e muitas possibilidades de atividades: dos passeios de barco pelos gigantes lagos da região às trilhas e caminhadas em áreas lindas e tranquilas.

Apesar de ter muita curiosidade para conhecer essa região no inverno, eu fui até lá no finalzinho do verão e voltei completamente apaixonado. Um lugar perfeito para uma viagem de carro, com estradas lindas, paisagens de tirar o fôlego e, claro, a deliciosa gastronomia argentina que completa esse roteiro.

A minha ideia é compartilhar aqui no blog vários detalhes dessa viagem, mas, para começar, quero deixar aqui uma visão geral do nosso roteiro, os lugares que visitei, os hotéis em que fiquei, os restaurantes e o que poderia ter feito de diferente.

Esse roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos pode ser uma boa referência para a sua viagem, mas também é uma base para você adaptar e ajustar da forma que achar melhor.

Para deixar esse conteúdo bem organizado, vou dividir o post em tópicos, assim você pode navegar pelo conteúdo e ir direto ao ponto de interesse.

Voando do Brasil para a Patagônia Argentina

O primeiro ponto importante que quero destacar nesse roteiro na Rota dos Sete Lagos foi a logística dos voos. No nosso caso, voamos do Brasil para Buenos Aires com a Aerolíneas Argentinas. De Buenos Aires, voamos direto para o Aeroporto de Bariloche, que seria a melhor porta de entrada para começar esse roteiro.

Voo Aerolineas Argentinas

Como o nosso voo chegou no Aeroparque Jorge Newbery, que é o aeroporto mais central de Buenos Aires, aproveitamos para sair e passar a noite em um hotel. Ficamos no Loi Suites, na Recoleta.

  • Dica: esse hotel é maravilhoso e uma ótima opção na Recoleta. Se você conseguir mais tempo em Buenos Aires, vale a pena aproveitar para curtir um pouco da cidade antes de seguir viagem. Veja aqui os valores do hotel e reserve.

Já no voo da volta, partimos do Aeroporto de Chapelco, localizado a 20 km do centro de San Martín de Los Andes. Muitas pessoas não conhecem esse aeroporto e acabam comprando a ida e a volta por Bariloche, o que vai te custar um deslocamento de volta de pelo menos umas 3 horas.

O voo de volta foi de Chapelco para Buenos Aires, também com pouso no Aeroparque, e então direto para o Brasil. A ida e a volta foram com a Aerolíneas Argentinas.

Clima: O verão na Rota dos Sete Lagos

A Rota dos Sete Lagos, na Patagônia Argentina, é muito famosa pelos seus cenários nevados do inverno. A estação mais fria do ano atrai viajantes em busca de esportes na neve e das paisagens lindas dessa região.

O meu roteiro foi no verão, totalmente o oposto da época mais famosa do ano, e me revelou cenários completamente diferentes e, de verdade, me conquistou.

O verão na Patagônia Argentina pode ser muito mais quente do que você talvez imagine. A nossa viagem foi na última semana do verão, com o outono já querendo dar o ar da graça. Para mim, foi a época perfeita.

Viajamos perto da metade do mês de março e, então, as temperaturas estavam amenas; durante o dia já não era tão quente e, durante a noite, ainda não esfriava muito. Pegamos temperaturas variando entre 10ºC e 20ºC.

Agora, se for falar da alta do verão, entre dezembro e fevereiro, pode se preparar para encontrar temperaturas acima dos 35ºC durante o dia – faz bastante calor mesmo.

  • Importante: o clima na Patagônia muda muito rápido. Nós tivemos sorte e pegamos praticamente os 6 dias de sol e céu azul, com chuva apenas em uma das manhãs. No entanto, alguns dias antes choveu bastante, por isso é importante ir preparado para todas as possibilidades.

Eu recomendo muito levar ao menos uma jaqueta impermeável, inclusive no verão. Neste link, você tem 10% de desconto em todos os produtos da Columbia. É a marca que eu recomendo, tanto pela qualidade quanto pelo custo-benefício. Nessa viagem, levei tanto a jaqueta quanto a bota de trilha da Columbia.

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Locomoção: como fazer o roteiro na Rota dos Sete Lagos

A melhor forma de fazer um roteiro de viagem na Rota dos Sete Lagos é de carro. Apesar de haver algumas agências que oferecem passeios privados, para quem chegar ao destino sem um veículo, acredito que a melhor experiência nessa região é alugando um carro – assim você vai ter a experiência de dirigir na emblemática Ruta 40.

A Ruta Nacional 40 – RN40, mais conhecida como Ruta 40, é uma rodovia que cruza a argentina de norte a sul do país, fazendo a ligação entre as províncias de Jujuy, ao norte, e Santa Cruz, a sul. A Ruta 40 é a estrada mais longa da Argentina e também uma das mais longas do mundo.

Locomoção: como fazer o roteiro na Região dos Sete Lagos

Só para você ter uma ideia de valores, eu fiz uma simulação: pegando o carro no dia 1º de abril em Bariloche (BRC) e devolvendo no dia 6 de abril já no Aeroporto de Chapelco (CPC), consegui uma média de 438 reais por diária. Compensa muito alugar e ter total liberdade para fazer tudo no seu ritmo e no seu tempo.

Alugar Carro - Rota dos Sete Lagos Argentina

Vale destacar que esse é um destino muito procurado por quem viaja de carro ou mesmo de moto partindo direto do Brasil. No verão, essa possibilidade é ainda melhor, já que você não vai ter que lidar com neve e condições mais difíceis para dirigir.

Veja os valores e reserve aqui.

Roteiro de 6 dias na Região dos Sete Lagos

Agora que você já tem uma boa ideia sobre o clima de verão na Patagônia Argentina, sobre como se locomover e também como foi o nosso voo, vou mostrar os detalhes do roteiro na Rota dos Sete Lagos e o que fizemos em cada dia da viagem.

A estrutura base do nosso roteiro, sem contar os dias de viagem aérea, foi a seguinte:

  • Dia 1: Chegada em Bariloche / Dia em Villa La Angostura
  • Dia 2: Villa La Angostura
  • Dia 3: Saída de Villa La Angostura / Chegada em San Martín de los Andes
  • Dia 4: San Martín de los Andes
  • Dia 5: San Martín de los Andes
  • Dia 6: San Martín de los Andes / Partida para o Brasil

Dia 1: Villa La Angostura, nossa primeira base da viagem

Assim que pousamos em Bariloche, pegamos um carro e seguimos direto para Villa La Angostura. Nossa viagem não tinha o foco em Bariloche; porém, caso você tenha interesse em visitar, seria necessário acrescentar, pelo menos, mais dois dias de viagem ao roteiro.

Logo que pegamos a estrada, eu já estava apaixonado pelas paisagens. O percurso desde o Aeroporto de Bariloche até Villa La Angostura tem cerca de 80 km e leva aproximadamente 1h30.

Vale destacar que no caminho existem alguns mirantes para você parar o carro e contemplar a beleza exuberante do Lago Nahuel Huapi. Por conta dos mirantes ao longo do caminho, é muito importante dirigir com atenção – muitas vezes, as pessoas reduzem a velocidade quando veem algum mirante.

Quando estávamos tirando fotos no letreiro de Villa La Angostura, vimos uma batida exatamente por esse motivo – o carro da frente reduziu muito a velocidade e o de trás não conseguiu parar a tempo. Fica o alerta para você dirigir com atenção.

Paramos direto na sede do Club Andino, onde fica o restaurante El Nautico. É um lugar que parece novo e tem uma vista muito linda do Lago Nahuel Huapi. Ótima pedida para parar e almoçar já no começo da viagem.

Depois do almoço, seguimos para o nosso hotel nessa primeira base da viagem, o Hotel Cabanas Rincón del Lago. Ficamos em uma cabana enorme, dessas que são alugadas para famílias.

  • Nossa cabana tinha 3 quartos, sendo 1 suíte, um quarto de casal e mais um quarto com 3 camas, além de 3 banheiros, sala com lareira, sala de jantar e cozinha equipada. A vista da cabana era lindíssima, a poucos metros da beira do lago.

Em Villa La Angostura, você tem muitas opções de hotéis e pousadas super charmosas. Vou deixar aqui o link do Booking onde você pode fazer sua reserva com total segurança.

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Depois de deixar as coisas no hotel, saímos para passear pelo centrinho de Villa La Angostura e conhecer um pouco mais da região. A rua principal é pequena e muito charmosa – me lembrou muito El Calafate, cidade localizada mais ao sul da Patagônia Argentina.

Muitas construções em madeira e com arquitetura que realmente remetem a uma pequena cidade de montanha, muito linda. Nesse passeio, visitamos a Bahía Mansa e também a Bahía Brava, que ficam justamente no estreito de terra que dá nome à cidade (La Angostura).

Essa parte do lago se transforma em uma praia para os argentinos no verão. Mesmo não sendo um dia tão quente, vimos muitas pessoas na água e tomando sol na areia. Deu vontade de parar e ficar ali por mais tempo.

  • Dica: Existe uma trilha até um mirante para você ver essa região do alto. Nós deixamos a trilha para o dia seguinte, já que nossa ideia era passear mais pela cidade e também visitar o Lago Correntoso e o Rio Correntoso, considerado um dos menores rios do mundo.

Logo ao lado do pequeno rio está o Hotel Correntoso, um dos hotéis mais emblemáticos dessa região e considerado um dos mais antigos da Patagônia. O hotel é um espetáculo e um sonho de lugar para ficar – se você tiver a chance de se hospedar lá, com certeza será o ponto alto da viagem.

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Nós visitamos o Hotel Correntoso e aproveitamos o chá que você pode tomar, mesmo sem ser hóspede. Olha só as imagens lindas que conseguimos nesse passeio.

Depois do chá, descemos até as margens do Rio Correntoso. Nessa época, o sol se põe mais tarde, então eram perto das 19h e ainda estava claro. Vimos que muitas pessoas aproveitam para entrar na água aqui – um pouco gelada e extremamente cristalina.

Voltamos para o nosso hotel para descansar um pouco e, depois, fomos jantar no restaurante do Hotel Bahía Manzano Resort, outra ótima pedida de estadia em Villa La Angostura.

Dia 2: Passeios em Villa La Angostura

Nosso segundo dia da viagem foi reservado para fazer alguns passeios em Villa La Angostura. Como mencionei antes, tivemos apenas uma manhã de chuva nessa viagem, e foi exatamente nesse segundo dia. Decidimos tirar a manhã livre para aproveitar o hotel e saímos direto para o nosso almoço.

O almoço desse dia foi um dos melhores de toda a viagem. Almoçamos no Tinto Bistrô, que veio super bem recomendado. Pedimos uma Provoleta de entrada, Cordeiro como prato principal e Flan com doce de leite e creme de sobremesa.

Foi simplesmente o melhor cordeiro que comi nessa viagem… maravilhoso!

Depois do almoço, fomos para um passeio de barco, afinal não dava para não fazer pelo menos um passeio desses na Região dos Sete Lagos. Fizemos o nosso passeio com o @cardinalsurarg. O passeio custou 40.000 pesos por pessoa e durou duas horas. O dia estava lindo e foi uma experiência deliciosa!

Após o passeio de barco, voltamos para a região da Bahía Mansa e Bahía Brava e, agora sim, fizemos a trilha até os mirantes. O caminho até o alto é bem estruturado e você vai caminhar cerca de um quilômetro e meio. A subida é um pouco longa, mas você pode ir parando e fazer no seu ritmo. Quando chegar ao mirante, juro, vai ver que a subida valeu a pena!

Depois da trilha, nada melhor do que um docinho para recarregar as energias, né? Fomos então para a Villa de los Fundadores, famosa por ter uma das melhores cheesecakes de frutas vermelhas da Patagônia. Eu provei e estava maravilhosa!

Aproveitamos a noite para passear no centrinho, apesar de a maior parte das lojas já estar fechada. Durante a noite, você vai encontrar mais bares, restaurantes, sorveterias e casas de chocolate abertas. Nós fechamos a noite com um jantar no Amélie Fondue y Restó.

Dia 3: Villa Traful e o lago mais lindo que visitei

No terceiro dia do roteiro pela Rota dos Sete Lagos, nos despedimos de Villa La Angostura e pegamos a estrada rumo a San Martín de Los Andes. Nem preciso dizer que, mais uma vez, os mirantes pelo caminho são imperdíveis! Pare em todos que puder!

Esse foi um dos mirantes em que paramos e onde pudemos contemplar a cor linda do Lago Espejo. Lá do alto, era possível ver a leve neblina da manhã se dissipando sobre a água.

Como esse era um dia de deslocamento, aproveitamos para parar em Villa Traful, um tesouro escondido na Patagônia Argentina. Se você tiver tempo, considere parar ao menos uma noite por aqui.

A villa, que é praticamente um pequeno povoado com casas dispersas, é muito menor que Villa La Angostura. Aqui, o Lago Traful, que dá nome à cidade, é a grande estrela da região. Quando chegamos lá, eu mal acreditei na beleza e na cor da água desse lago – simplesmente surreal.

Nós não tivemos tempo de fazer o passeio de barco, mas o grande atrativo aqui é ver uma floresta submersa.

  • Alguns anos atrás, uma parte da montanha deslizou, levando árvores inteiras para dentro d’água. Como a água é tão cristalina, você consegue ver a floresta mesmo sem mergulhar – se quiser, também é possível fazer o mergulho. Esse foi um passeio que fiquei com muita vontade de fazer.

Uma sugestão para estadia aqui é o Hotel Alto Traful, que tem uma vista maravilhosa e uma excelente estrutura. Nós fomos almoçar no restaurante do hotel e aproveitamos para conhecer um quarto. O chef do restaurante preza por usar ingredientes locais e receitas que valorizem a região. Ótima pedida para incluir no roteiro.

Como queríamos um pouco mais de contato com a natureza, aproveitamos uma parte do dia para fazer uma pequena trilha nessa região, o Sendero Cataratas. É uma trilha bem leve, com uma subida suave no final, e leva você a uma linda cachoeira. Para quem gosta de caminhadas e quer sentir um pouco do clima da Patagônia, vale a pena fazer o passeio.

  • Fizemos a trilha no Sendero Cataratas com um guia local da agência Traful Andino.

Depois da trilha e do almoço no Hotel Alto Traful, pegamos a estrada para continuar a viagem até San Martín de Los Andes. Aqui, mais uma vez, a estrada foi um espetáculo à parte. Dirigir nessa região é maravilhoso.

A vista dos lagos ao longo do caminho é o que faz desse roteiro uma experiência única. Nesse caminho até San Martín de Los Andes, passamos pelo Lago Villarino, Lago Falkner e Lago Machónico. Pela facilidade de parar o carro, fizemos uma pausa com mais tempo no Lago Falkner.

Do mirante do Lago Falkner até San Martín de Los Andes, foram pouco menos de 50 km. Como já chegamos em San Martín de Los Andes no final da tarde, fomos direto para a Casa de Chá Arrayán, que funciona desde 1936 e é a casa de chá mais antiga da Patagônia.

Localizada num ponto alto da região, a vista ao entardecer aqui é lindíssima. Foi incrível chegar em San Martín de Los Andes direto nesse ponto, com uma vista linda para o Lago Lácar, que completou nossa Rota dos Sete Lagos na Argentina.

Em San Martín de Los Andes, ficamos em um hotel maravilhoso que recomendo muito para quem quer uma proposta mais autêntica: o Hotel La Casa de Eugenia. Uma residência histórica, muito bem preservada, com uma localização excelente e que é a pedida perfeita para uma viagem romântica.

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Dia 4: San Martín de Los Andes, segunda base da viagem

San Martín de Los Andes foi a nossa segunda base nesse roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos da Argentina. Passamos as 3 noites no Hotel La Casa de Eugenia e recomendo muito! Do café da manhã servido na mesa, com muito carinho, ao conforto e atendimento muito pessoal que recebemos, tudo maravilhoso.

No quarto dia do nosso roteiro, começamos o dia bem tranquilos. Depois do café da manhã, fomos de carro até o Mirador Arrayán, que você pode acessar de carro. Nesse ponto, você tem uma vista incrível do Lago Lácar e da cidade de San Martín de Los Andes.

  • Para ter uma vista ainda mais especial, um caminho entre as árvores do outro lado da rua te leva até um mirante natural, onde do alto das pedras, a vista é espetacular – aqui não é um acesso tradicional, por isso é importante ter cuidado.

Descemos de volta para a cidade e fomos caminhar nas margens do Lago Lácar. A Avenida Costanera é muito bonita, tem uma vista linda para o lago e é onde fica o famoso letreiro de San Martín de Los Andes.

Para o almoço deste dia, fomos ao Restaurante La Costa del Pueblo, que fica em frente à Avenida Costanera. Pedimos uma provoleta de entrada e um bife de lomo como prato principal – muito bom!

Para a tarde desse dia, tínhamos planejado uma navegação no lago, que infelizmente acabou sendo cancelada. Se você tiver oportunidade, é o que eu recomendo para seu passeio.

Optamos por um passeio alternativo e um pouco distante de San Martín de Los Andes. Em uma excursão com a agência @elclaroturismo, fomos conhecer as Playas Yuco, muito famosas entre os argentinos da região, e também a Cascada Chachín, uma cachoeira também muito famosa.

Confesso que achei a distância um pouco grande para esse passeio saindo de San Martín de Los Andes. Não seria um passeio que eu faria em um próximo roteiro. Minha sugestão para essa tarde seria um passeio de barco no Lago Lácar.

Na volta, descansamos no hotel e saímos para jantar. San Martín de Los Andes tem bem mais opções comparada a Villa La Angostura. O restaurante que escolhemos foi o Casa Chola e, posso dizer, está no nosso TOP 3 da viagem. Espaço muito bonito, ótimo atendimento e comida deliciosa!

Aproveitamos para esticar um pouco a noite e fomos conhecer o Pantera Bar Bistro, que é um bar bem descolado e com ótimos drinks em San Martín de Los Andes.

Dia 5: Trilhas em San Martín de Los Andes

Muitas pessoas que visitam essa região no verão buscam atividades voltadas à natureza e, principalmente, aos trekkings ou até passeios de bike. Nesse quinto dia de viagem, saímos para fazer o trekking até a Laguna Rosales.

Esse é um trekking bem tranquilo e que pode até ser uma opção de passeio para ser feito de bike. O início da trilha fica a uns 15 minutos de carro do centro de San Martín de Los Andes. A caminhada em si é muito tranquila e o caminho é bem demarcado.

Fizemos a trilha guiada com a agência Nómada Patagônia. Eu gosto de ter essas experiências guiadas, pois sempre conhecemos mais da região, entendemos melhor o destino e aproveitamos mais do que apenas observar sem entender.

A trilha tem um ponto final no alto de um morro, a única subida do percurso, mas que é muito leve e tranquila de fazer. Para quem quer um passeio na natureza sem uma caminhada muito longa, essa é uma ótima pedida.

De volta para San Martín de Los Andes, almoçamos no Restaurante Ku de Los Andes. Para mim, estava bem gostoso e foi um bom momento para dar uma pausa depois da caminhada.

Voltamos para o hotel para tomar um banho, trocar de roupa e logo saímos para passear no centrinho de San Martín de Los Andes. A cidade estava lindíssima nessa época. Não sei se você sabe, mas San Martín é conhecida como a cidade das rosas da Argentina.

Os primeiros roseirais da cidade foram plantados em 1960 e é exatamente no verão que as rosas brotam e deixam a cidade ainda mais linda. O ápice da florada vai de meados de dezembro até o começo de março. Nós tivemos sorte de ver muitos jardins floridos ainda na metade de março.

No final da tarde, fomos conhecer o Hotel Loi Suites, que é o único hotel 5 estrelas dessa região. O hotel fica dentro de um condomínio privado e tem uma estrutura maravilhosa. É um hotel para quem realmente busca uma experiência diferenciada e está viajando de carro, já que é um pouco afastado do centro.

Nós tivemos uma experiência no spa e também no restaurante do hotel. Se você quer um hotel de alto padrão para uma viagem especial, fica aqui a dica para a sua viagem.

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Fechamos a nossa noite com drinks no Jabalí, um bar muito bacana e com um espaço super legal para terminar a noite – adorei e recomendo!

Dia 6: Último dia em San Martín de Los Andes

Enfim, chegamos ao último dia da viagem de um roteiro que foi realmente muito especial. Nosso voo para o Brasil partia, como comentei no início, do Aeroporto de Chapelco, localizado a 20 km do centro de San Martín de Los Andes.

Como tínhamos a manhã livre, aproveitamos para fazer um passeio guiado e alugamos patinetes elétricos na @pirecoturismo para otimizar o tempo. O tour durou cerca de uma hora e foi ótimo para conhecer um pouco mais da história da cidade e dessa região linda da Patagônia Argentina.

O restante do tempo livre aproveitamos para fazer algumas comprinhas. San Martín de Los Andes tem várias lojinhas para você comprar alfajores, vinhos e lembranças da viagem.

Eu comprei o vinho Parcela Nicola Catena e paguei cerca de 197 reaiso mesmo vinho chega a custar mais de 500 reais no Brasil, valeu muito a pena. Também comprei um gin chamado Malária, que custou 140 reais, e que dizem que muda de cor ao ser misturado com água tônica – ainda não provei, mas acho que valeu a pena.

San Martín de Los Andes, Roteiro
  • Dica: apesar da distância do aeroporto, fique atento ao trânsito. O Google Maps me mostrou bem certinho o tempo do trajeto e um ponto de congestionamento que pegamos no caminho. Não deixe para ir para o aeroporto muito em cima da hora.

Preços e dinheiro na Argentina

Está muito caro viajar para a Argentina em 2025? Essa foi, sem dúvida, a pergunta que mais recebi no @umviajante enquanto compartilhei essa viagem. E aqui vou ser bem sincero com você: quem viajou para a Argentina até 2023 viveu uma experiência de pagar muito barato em absolutamente tudo! Hotéis eram muito baratos para nós, restaurantes, vinhos… tudo! Os preços naquela época, para o viajante brasileiro, eram surrealmente bons.

Hoje, os preços na Argentina estão bem diferentes do que estavam em 2023, não tem como negar. Porém, eu não digo que é uma viagem cara, não mesmo! É apenas uma viagem com preços normais. Você vai gastar menos do que gastaria em São Paulo ou no Rio de Janeiro, por exemplo, e talvez um pouco mais do que gastaria em alguns destinos brasileiros.

Então, eu não vou dizer que é barato ou caro, até porque isso é muito relativo para cada um. Mas posso dizer que ainda é uma ótima opção para os brasileiros, tanto pela facilidade de chegar quanto pelas experiências que você vai ter.

Eu usei meu cartão Wise em praticamente todos os lugares da viagem e não tive problemas. Recomendo como uma das melhores opções atuais na Argentina.

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A Western Union ainda é uma opção, porém, nesse roteiro, preferi não sacar dinheiro. Fiz realmente tudo com o cartão Wise e vi que a diferença foi muito pequena em relação à Western Union.

Dica: Vale a pena pagar o hotel com o cartão Wise e receber a isenção do imposto de 21% da Argentina. Se você sacar o dinheiro para pagar o hotel em espécie, terá que pagar esse imposto.

Média de Gastos nessa viagem

Quanto custa um roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos? Mais uma pergunta que recebi muito, por isso, com base nos valores da minha experiência, fiz uma média de gastos para esse roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos. Já vou colocar os valores em reais, com base na cotação da data da minha viagem. Como a passagem aérea pode variar muito, vou deixar apenas esse valor fora da conta, que ficou assim:

  • Aluguel de carro do dia 1 ao dia 6: R$ 2.200
  • Hospedagem para casal, 5 diárias: R$ 2.500
  • Gastos com alimentação e passeios: R$ 3.000
  • Gastos extras com a viagem: R$ 1.000

Eu fiz uma média considerando uma viagem bastante confortável e com boas experiências. Considerei um bom valor para gastos com alimentação, passeios e extras, que podem incluir outros gastos que você pode ter na viagem.

Considerando essa soma, o gasto no roteiro de 6 dias, sem passagem aérea, ficou em R$ 8.700 para um casal, sendo um total de R$ 4.350 por pessoa.

Essa é uma média que calculei com base nos valores gerais da viagem, considerando, por exemplo, hotéis com diárias de R$ 500 para o casal. Nesse valor, você consegue bons hotéis tanto em Villa La Angostura quanto em San Martín de Los Andes.

Dependendo do seu estilo de viagem, esses valores podem ficar bem menores, para quem fizer uma viagem mais econômica, ou ficar mais altos, dependendo das suas escolhas.

Vale a pena fazer a Rota dos Sete Lagos no verão?

Sim! Vale a pena e posso dizer que foi um roteiro que superou totalmente as minhas expectativas. A Rota dos Sete Lagos na Argentina é uma viagem linda, que você pode fazer de forma tranquila e que pode adaptar muito facilmente ao seu estilo e tempo disponível para viajar.

Não vou negar que ainda quero fazer esse mesmo roteiro no inverno, mas o verão é lindo e com certeza vale a pena como uma ótima opção para as suas férias.

Quais são os lagos que visitamos na Rota dos 7 Lagos?

Vou colocar aqui os lagos que vimos nesse roteiro:

  • Lago Nahuel Huapi
  • Lago Correntoso
  • Lago Espejo
  • Lago Traful
  • Lago Villarino
  • Lago Falkner
  • Lago Machónico
  • Lago Lácar

Essa foi a sequência dos lagos que tivemos a chance de conhecer nessa rota de Villa La Angostura até San Martín de Los Andes. Ué, mas aí tem oito e não sete lagos!? Sim! E olha, existem muitos mais além desses. O roteiro tradicional tem os Sete Lagos em destaque, mas você vai facilmente ver outros ao longo da rota.

Vale destacar que existe boa sinalização para você saber qual é cada lago, além do Google Maps, que ajuda muito nessa viagem.

Mapa Rota dos Sete Lagos Argentina

Vou deixar aqui o mapa que criei com todos os pontos que visitei nesse roteiro de 6 dias na Rota dos Sete Lagos.

O que eu mais gostei na Rota dos Sete Lagos

É difícil escolher apenas uma parte da viagem que eu tenha gostado mais. Posso dizer que fiquei apaixonado por Villa La Angostura e o clima de cidade de montanha que ela tem.

Mas também não posso negar que a experiência de viajar de carro nessa região, com as estradas lindíssimas, é um ponto alto muito forte nesse roteiro.

O que eu teria feito de diferente nessa viagem

Para um roteiro de apenas 6 dias na Rota dos Sete Lagos, acho que conseguimos aproveitar muito bem o tempo e ter uma visão bem panorâmica da região e da proposta que tínhamos no destino.

Como falei no início, se tivesse mais tempo, uma ótima pedida é passar uns dias em Buenos Aires antes de voar para Bariloche. E também, se tivesse tempo, teria passado ao menos uma noite em Villa Traful.

Dicas importantes sobre a Rota dos 7 Lagos

Para começar, eu recomendo muito que você já viaje com seus hotéis reservados. Isso é ainda mais importante se você for no auge do inverno ou nas férias de verão. A rota fica bem movimentada e, por isso, é importante se organizar com antecedência para conseguir as melhores opções.

Também reforço a dica sobre o aluguel do carro, que acho fundamental para você ter as melhores experiências nessa viagem. Faça aqui o aluguel do seu carro com segurança!

Vou deixar aqui também o link das páginas de turismo dessa região para você seguir e pegar mais dicas para sua viagem:

Fiz a Rota dos Sete Lagos na Argentina junto com meus amigos da @interamerican_network. Agradeço demais a confiança no meu trabalho e também a oportunidade de conhecer e compartilhar a minha visão de um lugar tão especial como esse.

Se você tiver qualquer dúvida sobre o roteiro na Rota dos 7 Lagos na Argentina, sobre a região de Neuquén ou se quiser compartilhar suas dicas de viagem, fique à vontade para deixar um comentário por aqui! Quem sabe nos vemos na Argentina!

Escrito por

Robson Franzói é um jovem de Curitiba que tenta inspirar outros viajantes a explorarem diferentes lugares do mundo. Decidiu correr atrás dos seus sonhos e hoje vive desse blog, seu projeto mais especial. Apaixonado por fotografia e vídeos, o garoto vive para compartilhar suas experiências e dicas dos lugares que conhece. Suas fotos já estão ficando conhecidas e seus vídeos inspiram muitos viajantes. Aproveite e acompanhe o Instagram e também o Canal Um Viajante.

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