Depois de ver as estrelas no Salar do Uyuni, o terceiro dia da viagem pela Bolívia foi marcado com um lindo nascer do sol e uma tempestade que transformou a paisagem do maior salar do mundo.
Enfim chegamos ao terceiro dia da viagem ao Salar de Uyuni, partindo do Deserto do Atacama. No post anterior eu contei como foi o segundo dia da viagem, as surpresas que tivemos pelo caminho e o tão esperado momento: pisar no maior deserto de sal do planeta! Pra completar, descobrimos múmias, vulcões e o céu mais lindo que você pode imaginar.
Se você chegou por aqui agora, dá uma olhada nos primeiros posts da viagem antes de continuar.
Veja aqui o post sobre o Tour Privativo ao Salar de Uyuni
Veja aqui o relato do primeiro dia da viagem
Veja aqui o relato do segundo dia da viagem
Bom, voltamos para o hotel ainda impressionados com o passeio noturno pelo Salar de Uyuni. Ver as estrelas naquele lugar foi algo que realmente marcou a viagem.
A noite passou voando e a nossa primeira atividade do dia começou antes do sol raiar.
O nascer do sol no Salar do Uyuni
Se a toda beleza que mostrei até o Salar do Uyuni ainda não te convenceu a fazer essa viagem, o nascer do sol no Salar certamente vai bater o martelo.
Ver os primeiros raios de sol iluminarem o tapete branco que é o Salar de Uyuni…. não tem preço. O silêncio e a paz que existe naquele lugar é algo difícil de descrever – assim como o frio que passamos por lá.
Eu confesso que não confirmei qual era a temperatura nesse momento, mas digo que facilmente estávamos muuuuito a baixo de zero. Nem as duas calças e uma segunda pele eram suficientes para aquecer o corpo – lembro até agora como meus joelhos tremiam e as costelas doíam de frio. Mas o sacrifício, sem dúvidas, valeu a pena….
Ver os primeiros raios de sol pintarem o salar é algo realmente apaixonante…. um momento que, por mais difícil que pareça, aquece o nosso coração.
Café da manhã de frente para o salar
Depois do dia começar da forma mais linda possível, voltamos para o hotel e formos surpreendidos por um café da manhã ao ar livre, de frente para o Salar.
Não vou negar que o frio nos deixou receosos, mas não poderíamos deixar passar a experiência.
Foi um dos cafés da manhã mais especiais que já tomei. O sol já nos aquecia e o cenário ao redor era contagiante – se fechar os olhos consigo lembrar como se fosse ontem.
Museu Chantani e Palácio de Los Cántaros
Café da manhã tomado, era hora de explorar a região do Salar de Uyuni – algo que não fiz na primeira viagem.
Nossa primeira parada do dia foi no Museu Ecológico Chantani e o Palácio de Los Cántaros. Um lugar mantido por um senhorzinho que passou a vida recolhendo relíquias que encontrava pelo Salar e pelos povoados da região.
No Museu Chantini você vai encontrar louças antigas, utensílios de cozinha, roupas, ferramentas, entre vários outros objetos – é um pena que muitas pessoas que passam pelo salar não tem o privilégio de conhecer esse cantinho.
Depois de visitar o museu, o senhorzinho nos levou ao Palácio de Los Cántaros, onde, mais uma vez, encontramos um museu a céu aberto e também um zoológico inanimado, com figuras de lhamas e outros animais esculpidos.
No local também existem tumbas e mímias do salar, outra surpresa que não estávamos esperando.
Pelo que o senhorzinho nos contou, essas múmias eram em número muito maior, mas com o passar do tempo muitas pessoas venderam as múmias para turistas que visitavam o salar – taí um item que eu não gostaria de trazer de uma viagem, mas tem louco pra tudo né!?!
Se você fizer a viagem ao Uyuni, eu recomendo fortemente uma visita ao Museu Ecológico Chantani e ao Palácio de Los Cántaros. O passeio não é demorado e conversar com esse senhor, que infelizmente não me recordo o nome, é algo muito especial.
Espelhos de água no Salar
Como você deve saber, existe o período de chuvas no salar – quando se forma um espelho d’água infinito. Como não estávamos nessa época, nosso guia nos levou para ver outros espelhos d’água do salar.
Esses espelhos d’água se formam com a extração do sal do Salar – dependendo do dia que você fizer a visita, pode até ver os bolivianos trabalhando por lá.
Cueva de Chiquini, uma caverna de sal
A próxima parada do dia foi outro lugar inesperado na viagem: uma visita à uma caverna de sal.
Pelo que ficamos sabendo, ainda não existem estudos detalhados sobre o local. A caverna impressiona, porém deixa um receio de como ela está sendo preservada.
Múmias de Coqueza e Mirante do Salar
Depois de visitar a caverna, seguimos para o Mirante do Salar. No caminho vimos indicações para as Múmias Antigas, outras caveiras visíveis em tumbas da região.
O caminho para o mirante é feito a pé e a subida, apesar de íngreme, não é difícil. Lá do alto tivemos uma bela vista para o Salar de Uyuni.
Vale ressaltar que para visitar as múmias, o mirante e a caverna, é necessário comprar um ticket – bem baratinho, cerca de 15 dinheiros bolivianos. Nesse dia, por algum motivo, não tinha ninguém cobrando a entrada – pelo menos até a nossa descida do mirante.
Quando estávamos voltando para o carro avistamos uma moto muita antiga se aproximando. Era uma boliviana, pra lá de exótica, chegando para nos cobrar – juro, ela parecia ter saído de algum filme futurista.
A senhora, muito engraça, veio até nós acertar os valores do ingressos e ainda posou para foto!!! 😀
Fotos criativas no Salar de Uyuni
A próxima parada do dia foi para tirar mais fotos no Salar – aquelas clássicas, brincando com a perspectiva.
Depois das fotos, fizemos uma pausa para o almoço, dessa vez servido ao lado de outra ilha de cactos do Salar – diferente da ilha que visitamos no dia anterior, essa era uma ilha de cactos deserta.
Monumento das Bandeiras e Rally Dakar Bolívia
Seguindo nosso roteiro do dia, a próxima parada foi o famoso Monumento das Bandeiras, onde se encontram bandeiras de diversas parte do mundo.
Ali também fica o monumento Dakar Bolívia, construído de sal, que marca a presença do Rally Dakar no Uyuni.
Uma tempestade no Salar de Uyuni
Nesse ponto do dia começamos a avistar, ao longe, uma tempestade se aproximando do Salar.
O cenário, que já é impressionante por si só, foi se transformando com a chegada de nuvens carregadas. Não posso negar que o coração acelerou… estávamos presenciando algo raro. E foi nesse momento que tirei uma das fotos que hoje mais me impressiona: a tempestade no Salar de Uyuni.
A tempestade mesmo não chegou até nós, sentimos apenas algumas gotinhas – mas os registros da tempestade passando ficaram incríveis.
Lembrancinhas e uma fábrica de sal em Uyuni
Nossa última parada do dia foi em algumas casas que vendiam lembrancinhas. Já adianto que vale muito a pena comprar por lá, o valor é bem mais em conta que no Chile – sendo que muitas coisas vendidas no Chile são feitas ali, na Bolívia!
Aproveitamos a pausa e visitamos também uma fábrica de sal, onde vimos como é o trabalho de quem vive do Salar.
Dali seguimos para o último hotel da viagem, o Hotel Palácio de Sal – um dos mais famosos da região e onde os pilotos do Rally Dakar costumam se hospedar.
O pôr-do-sol desse dia foi do terraço do hotel, mas não podemos reclamar… foi lindo!
Assim terminamos o terceiro dia da viagem, esgotados! Apesar de super confortável, muito mais do que a primeira viagem, essa experiência também é cansativa! São horas na estrada, passando por trechos irregulares e sacudindo no carro igual saco de batata. Mas se me perguntar se eu faria de novo?? Mil vezes mais se fosse possível.
Quarto dia da viagem
Como eu comentei no primeiro post da viagem, o nosso quarto dia seria dedicado a visitar o Cemitério de Trens e a cidade de Uyuni. Como tínhamos um vôo nesse mesmo dia, saindo lá de Calama, tivemos que acelerar a volta.
Acabamos deixando a cidade de Uyuni de lado e fizemos uma pausa super rápida no Cemitério de Trens. Quando chegamos lá o sol ainda estava nascendo – e fazia um frio de congelar até o dedinho do pé. Nem tiramos fotos no cemitério de trens – para ninguém congelar ou correr risco de perder o vôo.
Enfim caímos na estrada… de volta ao Deserto do Atacama.
Essa foi nossa super viagem ao Salar de Uyuni, com um tour privativo.
Uma experiência que jamais vou esquecer. Não posso negar que o conforto fez muita diferença, mas nada superou os lugares diferentes que esse tour nos proporcionou. Se você tiver oportunidade de fazer essa viagem, faça! Tenho certeza que será, assim como foi a minha, uma viagem inesquecível.
* * * * *
Também já fiz um post sobre os hotéis dessa viagem, se você quiser saber mais detalhes vale a pena dar uma olhada:
Se você quiser saber mais informações sobre os valores desse passeio privativo, se tem como adaptar ela para o seu tempo ou quer fazer uma reserva, entra em contato com a Agência FlaviaBia Expediciones. Eles estão montando grupos para quem topa dividir, o que pode baratear essa opção.
Ao entrar em contato com a agência, diga que conhece o Robson, do Blog Um Viajante. Comente que ficou afim de fazer a viagem e vai negociando os valores. Os leitores aqui do blog sempre tem um bom desconto ! Vou deixar aqui um formulário para você falar direto com a agência e receber as informações para sua viagem:
Espero que tenha curtido acompanhar esse relato. Se você já fez essa viagem ou tiver dúvidas sobre a experiência, pode dar um grito aqui no post. Abraço!!!
Ola,
Quanto demorou a viagem de volta ate o Atacama? Que horas era o seu voo?
Obrigada,
Fernanda
Oi Fer!! Tudo bem? Olha só, é sempre legal confirmar com a agência o horário previsto para sua chegada de volta em San Pedro. Eu já tive previsão de chegar perto do meio dia e chegar só as 15h – por conta de fila na controle do Chile. Por isso é recomendado fechar o vôo para depois das 19h ou 20h…. por segurança mesmo.
Se precisar de qualquer coisa é só dar um grito aqui!! Bjoo
Sensacional, eu e uma amiga faremos essa viagem em agosto…ótimas dicas…o ideal é fechar o tour para o uyuni no atacama mesmo, certo? E lá no atacama conseguiremos trocar dinheiro pra ir a Bolívia?
Oi Thais!! Então, se você conseguir fechar ela antes, é mais garantido… você já chega lá com tudo certo. Eu recomendo!
Sobre a grana, dá pra trocar lá em San Pedro sim!!
Se tiver qualquer outra dúvida me dá um grito aqui 😉