A viagem para o Salar de Uyuni, na Bolívia, continua com lugares ainda mais lindos. O dia é marcado por lagunas, flamingos, vulcões e a tão esperada chegada ao maior salar do mundo.
Chegou a hora de contar como foi o segundo dia da viagem ao Salar de Uyuni, saindo de San Pedro de Atacama. Se você chegou aqui no blog agora, eu recomendo dar uma olhada nos dois primeiros posts dessa viagem:
Veja aqui o post sobre o Tour Privativo ao Salar de Uyuni
Veja aqui o post com o relato do primeiro dia da viagem
Bom, dando então continuidade ao post anterior, a aventura para o Salar de Uyuni mais uma vez começou bem cedinho.
Depois de tomar café da manhã no hotel, colocamos as malas no carro e seguimos viagem rumo ao maior salar do planeta – nem fazíamos ideia das surpresas que o dia nos guardava.
Laguna Cañapas
Depois de alguns quilômetros na estrada, chegamos na Laguna Cañapas, a primeira parada do nosso dia – como você pode ver, alguém estava com muita cara de quem acabou de acordar.
Além do visual lindo da região, conseguimos observar flamingos – bem de pertinho. Pelo que o nosso guia informou, é muito comum ver as aves nessa laguna – e elas são tão lindas!!!
Mirador de Volcán Ollagüe
Depois da pausa para fotos na laguna, seguimos viagem por um deserto cercado de vulcões. A estrada não é demarcada e só guias locais conseguem se localizar com facilidade. Na foto você pode ver o carro em que estávamos, da Senda Andina…
Depois de um bom tempo de viagem, paramos no Mirador de Volcán Ollagüe – onde fomos presenteados por uma vista absurda, rodeados por cordilheiras e vulcões.
O Vulcão Ollagüe, com mais de 5800 metros de altitude, está localizado na Cordilheira dos Andes e fica na fronteira entre a Bolívia e o Chile.
Nesse mirador podemos caminhar por formações rochosas irregulares e contemplar a paisagem por diversos ângulos diferentes – o cenário é de impressionar.
Nesse dia algumas nuvens faziam desenhos incríveis no céu – como já comentei algumas vezes aqui no blog, sou apaixonado por nuvens e acho que elas deixam as fotos espetaculares.
Museu e Necrópole Kawsay Wasy, em San Juan de Rosario
Depois da pausa para ver os vulcões, seguimos rumo ao pequeno povoado de San Juan de Rosario, localizado a mais ou menos 3700 metros de altitude.
Quando eu digo pequeno, é pequeno mesmo! A população de San Juan gira em torno de 800 pessoas, distribuídas em cerca de 160 famílias.
Chegamos lá e o guia nos mostrou o que seria nossa primeira visita: as necrópoles Kawsay Wasy – sim, isso mesmo! Era a minha primeira vez nessa região e eu nem fazia ideia de que existiam necrópoles perto do Salar de Uyuni.
Descemos do carro, eu e o Diogo, e seguimos em direção às Necrópoles – imaginando que teria alguém para nos receber, mostrar o local e tal…. que nada! Não se via nenhuma alma viva! Literalmente…
Entramos e decidimos fazer a visita por conta própria. Começamos a caminhar em meio a alguns montes de pedra, que, não por acaso, tinham pequenas janelas.
Se minha avó estivesse por lá, ela falaria: a curiosidade matou o gato, menino!!!
Mas como ela não estava, corremos olhar o que tinha dentro dos morros de pedra….
Caveiras, várias caveiras, muitas caveiras!
É claro!! É uma necrópole, né Robson!?!?
E esses montes de pedras são TUMBAS!!
Algumas tumbas tinham as caveiras, que na verdade são múmias, e também alguns pertences antigos – não dava pra acreditar que aquele lugar existia ali, perto do Salar de Uyuni…
Bom, depois da relaxante caminhada pelas tumbas, nosso guia nos apontou uma casinha pequena, ao lado da necrópole. Ali seria o Museu Kawsay Wasy, onde poderíamos entender melhor aquele lugar.
Mais uma vez não vimos uma alma viva. Caminhamos então em direção a casinha… meio que sem vontade de descobrir o que existia lá dentro – eram dois passos pra frente e um pra trás!
O momento já estava tenso quando, do nada, a porta da casa se abre e vemos um senhorzinho tão velho que quase dava para confundir com uma das múmias da necrópole – mentira, nem era tanto assim. 😉
Passado o pequeno susto, visitamos o museu e até nos surpreendemos com a organização de tudo lá dentro – muitos quadros informativos, peças antigas e maquetes da região.
Por lá você vai ter tempo de ler e entender como aquele lugar surgiu, o significado das tumbas e também vai conhecer um pouco mais da cultura daquele povo. No fim achei o lugar muito legal, algo que eu nunca imaginei ver nessa região.
Almoço em San Juan de Rosario
Nosso almoço do dia foi ali mesmo, no povoado de San Juan de Rosario. O vento estava tão forte que tivemos que entrar em uma das casinhas para conseguir comer.
Mais uma vez a comida estava ótima – simples, porém bem caprichada.
Chegando no Salar de Uyuni
Saímos do povoado de San Juan e seguimos rumo ao grande Salar de Uyuni. O ponto mais esperado da viagem enfim estava próximo.
A sensação de entrar no Salar de Uyuni é algo difícil de descrever em palavras. Ver aquela imensidão sem fim é algo que arrepia e emociona.
Eu, felizmente, estava tendo o prazer de rever aquele lugar pela segunda vez. O Diogo estava vivendo sua primeira experiência no Salar – duas emoções diferentes, porém ambas intensas e inesquecíveis.
Nosso guia acelerou o carro e nos levou pra dentro daquele infinito branco – é como se o salar realmente não tivesse fim.
Fizemos, em seguida, uma pausa para as clássicas fotos no deserto – não tem como não se divertir naquele lugar.
Ilha de Cactos do Salar de Uyuni
Depois das fotos, seguimos para a famosa Ilha de Cactos do Salar. Na primeira viagem eu passei por ali mas não explorei a ilha de forma completa – dessa vez nós fizemos todo o percurso.
A composição da Ilha de Cactos com o Salar ao redor é algo realmente indescritível – é como se o Salar fosse um mar plano, tranquilo e branco, localizado em algum outro planeta.
Coqueza e o Vulcão Tunupa
Depois da Ilha de Cactos, seguimos em direção ao nosso próximo hotel: o hotel de sal, Tambo Coqueza Ecolodge. Esse foi, sem dúvidas, um dos lugares mais incríveis que eu já me hospedei.
De um lado, o infinito Salar de Uyuni, do outro, o hotel de sal instalado aos pés do Vulcão Tunupa. Como eu comentei no primeiro post da viagem: Eu nem fazia ideia que existia um vulcão de frente para o Salar!!
Mas não é porque chegamos no hotel que o nosso dia havia terminado!!
Pôr-do-sol no Salar de Uyuni
Depois de deixar as malas do hotel, voltamos para o Salar para curtir o fim do dia e ver um lindo pôr-do-sol.
O pessoal da Senda Andina preparou pra gente uma mesa de frios e serviu um vinho branco para brindar aquele momento tão especial – acho que seu eu pudesse voltar no tempo para reviver uma viagem, seria essa.
O sol foi baixando e transformando as cores do salar – algo que realmente vai ficar pra sempre na memória.
Ver estrelas no Salar de Uyuni
Depois de voltar pro hotel e ter um jantar maravilhoso, nossos guias decidiram nos mostrar algo ainda mais especial: as estrelas no Salar de Uyuni.
Pegamos o carro e voltamos para o meio do Salar. Quando descemos do carro e olhamos ao nosso redor…. ao tempo em que nossos olhos foram se acostumando… sério… foi arrepiante!
Era como se pudéssemos tocar nas estrelas. Não posso negar, uma lágrima escorreu ali no cantinho do olho.
Como o universo pode ser tão mágico e misterioso ao mesmo tempo. Como somos pequenos… como a vida merece ser vivida da forma mais intensa possível…
Dizem que essa experiência noturna, quando o Salar está coberto de água, é algo absurdamente impressionante – eu vou ter que voltar lá para ver isso. Mas terminei o dia com a melhor sensação possível: de que estava vivendo um sonho.
A ventura pelo Salar de Uyuni ainda não acabou, continua próximo post.
Também já fiz um post sobre os hotéis dessa viagem, confere aqui!
Se você quiser saber mais informações sobre os valores desse passeio privativo, se tem como adaptar ela para o seu tempo ou quer fazer uma reserva, entra em contato com a Agência FlaviaBia Expediciones. Eles estão montando grupos para quem topa dividir, o que pode baratear essa opção.
Ao entrar em contato com a agência, diga que conhece o Robson, do Blog Um Viajante. Comente que ficou afim de fazer a viagem e vai negociando os valores. Os leitores aqui do blog sempre tem um bom desconto ! Vou deixar aqui um formulário para você falar direto com a agência e receber as informações para sua viagem:
Continue acompanhando o blog, ainda tem muita coisa pela frente. Se você já fez essa viagem ou tiver dúvidas sobre a experiência, pode comentar aqui no post. Até mais!!!
Robson, que viagem maravilhosa.
Estou programando para ir em Março com meu namorado, você sabe me dizer algo sobre essa época do ano?
E o mais importante: estou doida para fazer esse passeio noturno no deserto! Você poderia me explicar melhor como foi feito? Se é um passeio a parte do pacote de 3 dias ou já está incluso?
Obrigada pelas dicas e parabéns pelo blog!
Oi Thalia!! tudo bom? Foi realmente uma viagem incrível!!! Tenho certeza que vocês vão amar!!
Então, março é uma época legal.. é provável que o deserto já esteja seco, mas ainda sim será lindo!
Sobre o passeio noturno, não foi cobrado a parte não… eles apenas levaram a gente para ver as estrelas… tudo incluso.
Se precisar de qualquer coisa é só dar um grito aqui!! Grande abraço!!